Estudantes mineiras são premiadas pelo MEC após se destacarem no Enem: 'Ver meu esforço reconhecido foi emocionante', disse uma delas
30/08/2025
(Foto: Reprodução) Samille Malta, Sara Samuel e Isabela de Morais receberam o prêmio do MEC
Arquivo Pessoal
Três estudantes mineiras foram premiadas pelo Ministério da Educação (MEC) pelo alto desempenho na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2024.
Sara Samuel, de Juiz de Fora, Samille Malta, que estudou no Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e Isabela Maria Arcanjo de Morais, natural de Viçosa, participaram da cerimônia em Brasília no último dia 11 de agosto, data em que se celebra o Dia do Estudante.
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O prêmio criado neste ano pelo MEC tem como objetivo reconhecer alunos de escolas públicas que obtiveram os melhores desempenhos em diversas áreas da prova.
Nesta primeira edição, foram homenageados 54 estudantes com alto desempenho na redação do Enem. Eles receberam medalhas, certificados, smartphones e tablets doados pela Receita Federal.
Redações que contam mais que histórias: dedicação, superação e sonhos
Mesmo com realidades diferentes, Samille, Sara e Isabela compartilham algo essencial: o sonho em se tornarem médicas.
Para alcançar notas de destaque na redação do Enem — duas com 980 e uma com a nota máxima, as três jovens enfrentaram longas rotinas de estudo e, muitas vezes, a falta de estrutura adequada.
Samille Malta, de 19 anos, foi aprovada em medicina na UFMG
Arquivo Pessoal
Samille Malta, de 20 anos, foi a única estudante de escola pública a conquistar a nota 1000 na redação do Enem 2024, e hoje cursa Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
Nascida em Brockton, no estado de Massachusetts, nos Estados Unidos, a americana radicada no Brasil mudou para Virginópolis, em Minas Gerais, aos 7 anos, com o pai e a mãe brasileiros.
Já em 2021, ela foi aprovada no Colégio de Aplicação (Coluni) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), que oferece apenas o ensino médio. Ela contou que embora a afinidade fosse com disciplinas de exatas, decidiu encarar o desafio de dominar a escrita, fazendo cerca de 40 redações em um ano.
“Foi uma experiência incrível receber o Prêmio do MEC. Fiquei muito feliz e grata por ter meu esforço sendo reconhecido em nível nacional. Com certeza, foi um momento e uma experiência que lembrarei pelo resto da vida. O evento foi muito bem organizado e especial. Adorei os dias em Brasília e conheci outros estudantes incríveis de todos os lugares do país", disse.
Sara Samuel estudava por longas horas depois do cólegio
Sara Samuel/Arquivo Pessoal
Sara Samuel, de 19 anos e moradora de Juiz de Fora, também foi homenageada pela nota 980 na redação. Ela estudou no Colégio Militar da cidade e foi aprovada em Medicina pela UFJF pelo Enem e pelo vestibular interno da universidade, o Pism. Para ela, o reconhecimento veio após um ano exaustivo.
“Minha preparação era basicamente estudar sempre que podia. Precisava conciliar o tempo com as obrigações do colégio e de casa. Foi um ano bem estressante”, relatou. “Receber o prêmio foi algo muito inesperado. Senti, pela primeira vez, que realmente valeu a pena ter passado por um ano tão sobrecarregado", contou.
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Isabela está estudando para prestar o Enem este ano e conseguir uma vaga em medicina
Isabela Maria Arcanjo de Morais/Arquivo Pessoal
Já Isabela Maria Arcanjo de Morais, de 18 anos, nasceu em Viçosa, mas vive desde bebê em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Ela estudou no Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Souza, primeira escola pública do país com proficiência em dois idiomas estrangeiros, inglês e mandarim.
Ela também tirou 980 na redação e foi convidada para a cerimônia por sua excelente colocação nacional.
“É muito interessante poder enxergar o seu esforço sendo visto, ver que tudo tem um propósito e que, se você se dedicar com todo o ímpeto, qualquer coisa é possível. O evento em si foi extremamente inovador para mim, uma cerimônia que parabeniza a educação e a motiva a melhorar cada vez mais. Foi muito emocionante poder participar.”
Apesar de ainda não ter ingressado no curso de medicina, a jovem contou que segue com uma rotina de estudos intensa para conquistar a vaga no curso.
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*estagiária sob supervisão de Victória Jenz.
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