Ex-namorado planejou morte de jovem em MG: 'Ato cruel', diz delegado
14/12/2025
(Foto: Reprodução) Mulher é assassinada pelo ex-namorado em Itaúna
O delegado João Marcos do Amaral Ferreira, responsável pela investigação do feminicídio de Mirelly Cristina da Silva, de 21 anos, detalhou como o ex-namorado dela, Vitor Caetano Figueiredo, de 22 anos, planejou o crime. O gerente comercial foi preso horas depois na Rodoviária de Belo Horizonte e confessou o homicídio. O g1 não conseguiu contato com a defesa dele até a última atualização da reportagem.
Segundo a Polícia Civil, o autor já vinha pensando em matar Mirelly há algum tempo. O delegado afirmou que essa decisão ganhou força após o fim do relacionamento de três anos, encerrado em março deste ano, e quando Vitor soube que a jovem estava em um novo namoro.
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“Segundo ele, isso foi o ponto final para decidir praticar o crime”, disse Ferreira.
A investigação aponta que o planejamento começou dias antes. O suspeito contou ter comprado a faca usada no feminicídio na segunda-feira (8). Na noite de quarta (10), ele saiu de Belo Horizonte, embarcou em um ônibus para Itaúna e, ao chegar à cidade, chamou um carro por aplicativo até a casa da vítima.
“Ele confessou o crime e disse, com riqueza de detalhes, como premeditou. Já estava há algum tempo pensando em cometer o homicídio”, relatou o delegado.
Por conhecer a rotina de Mirelly — já que mesmo após o término eles continuaram mantendo contato —, Vitor sabia o horário em que ela costumava sair de casa.
“Ele sabia os passos da vítima e ia com frequência a Itaúna”, afirmou Ferreira. O suspeito permaneceu escondido próximo ao portão até o momento em que viu a jovem.
Durante o depoimento, o autor disse não se lembrar do número de golpes. O comportamento dele chamou atenção da equipe. “Ele falou que não recorda quantos golpes deu nela. Em alguns momentos, chegou a sorrir pelo canto da boca”, disse o delegado.
Após o feminicídio, Vitor deixou o bairro, voltou para a rodoviária de Itaúna e embarcou para Belo Horizonte. Ele contou aos policiais que pretendia sacar o dinheiro que tinha na conta, repassar para a mãe e chamar uma viatura para se entregar.
Ferreira informou que o autor não tinha passagens policiais nem boletins de ocorrência anteriores. Ele trabalhava como gerente comercial de uma empresa de fast food em Belo Horizonte. O inquérito segue em andamento.
"A vítima tinha uma vida pela frente, que infelizmente foi interrompida por esse ato cruel", finalizou o delegado.
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Mirelly Cristina da Silva
Reprodução/Redes Sociais
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