Polícia Civil desarticula quadrilha que aplicava fraudes bancárias e ‘sequestro’ de linhas telefônicas em MG, RJ e PR; cinco foram presos
18/11/2025
(Foto: Reprodução) Operação mira quadrilha especializada em fraude bancária em MG, RJ e PR
Cinco homens, com idades entre 21 e 27 anos, foram presos durante a operação 'Estorno', deflagrada pela Polícia Civil nesta terça-feira (18) em Juiz de Fora, Bicas e Rio de Janeiro.
A ação, realizada em parceria com as polícias civis do Paraná e do Rio de Janeiro, teve o objetivo de desmantelar uma associação criminosa envolvida em fraudes bancárias, clonagem de cartões de crédito e sequestro virtual de linhas telefônicas, o chamado 'SIM Swap'.
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Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão durante as diligências. As três prisões em flagrante ocorreram após a polícia localizar materiais e dispositivos ligados às práticas criminosas.
De acordo com a Polícia Civil, os suspeitos são de classe média e classe média alta. Em Juiz de Fora, os mandados foram cumpridos nos bairros Paineiras, Centro, Ipiranga, Santa Luzia e Jardim Laranjeiras.
Várias máquinas de cartão e outros aparelhos eletrônicos, além de bebidas, um carro, uma moto aquática e uma pistola.
Como o grupo agia
Moto aquática apreendida durante operação em Juiz de Fora
Marcus Pena/TV Integração
Em coletiva de imprensa na Delegacia Regional de Juiz de Fora, o delegado responsável pela investigação, Márcio Rocha, explicou que a maioria das vítimas são do Paraná e a suspeita é que os criminosos tenham movimentado milhões de reais.
“Uma vítima da cidade Guaíra identificou alguns autores que seriam aqui de Juiz de Fora, então baseado nessas informações passamos a fazer os levantamentos e juntamos com as provas da polícia do Paraná”, explicou.
Um dos métodos usados pelos criminosos era sequestrar informações do chip do celular das vítimas, deixando-as incomunicáveis por dias. Nesse período, realizavam compras de alto valor, principalmente produtos de grife, bolsas, celulares e eletrodomésticos.
Outra modalidade envolvia a distribuição de maquininhas de cartão em estabelecimentos comerciais para passar cartões clonados. Depois, os valores eram sacados e parte do dinheiro repassada aos comerciantes que aceitavam participar do esquema.
A quadrilha também comprava dados de vítimas de pessoas no Rio de Janeiro, que revendiam as informações para os líderes do grupo.
A Polícia Civil apura, ainda, a participação de comerciantes que autorizavam o uso das maquininhas em seus estabelecimentos. O grupo tem ramificações interestaduais e a investigação vai continuar para identificar todos os envolvidos.
Orientações à população
A polícia reforça a importância de medidas de segurança em cartões e celulares, como autenticação em duas etapas e monitoramento constante, já que quadrilhas estão sempre buscando novas formas de burlar sistemas.
“Façam todos os ciclos de segurança possíveis, porque essas quadrilhas estão 24 horas pensando em como burlar o sistema. Então, apesar de ter muita segurança, cada vez mais investimento nessa parte, ainda tem falhas, porque estamos falando de sistema de computador, então tem sempre alguém querendo burlar o sistema”, reforçou o delegado.
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