Privatização da Copasa: entenda os próximos passos após aprovação pela ALMG

  • 18/12/2025
(Foto: Reprodução)
Servidores da Copasa protestam contra privatização da companhia no plenário da ALMG Luiz Santana Com a aprovação do projeto de lei que autoriza a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a empresa que cuida do abastecimento de água de 75% dos municípios mineiros não será mais controlada pelo estado. A ideia é que a estatal seja transformada em uma corporation, modelo em que a empresa deixa de ter um único "dono". O governo de MG ainda não informou de que forma a desestatização será colocada em prática. A proposta aprovada pelos deputados nesta quarta-feira (17), que ainda precisa ser sancionada pelo governador Romeu Zema (Novo) para entrar em vigor, prevê a adoção de uma das seguintes modalidades: alienação total ou parcial de participação societária que resulte em perda ou transferência do controle acionário do Estado: venda das ações do estado para um comprador privado, geralmente por meio de leilão. aumento de capital, mediante a subscrição de novas ações, com renúncia ou cessão, total ou parcial, dos direitos de subscrição, de forma a acarretar a perda do controle acionário do Estado: novas ações da empresa são emitidas no mercado e compradas por investidores privado, de forma que a participação do estado "encolhe". O projeto estabelece que, embora deixe de controlar a Copasa, o estado – que, atualmente, detém 50,03% das ações da companhia – mantenha uma ação preferencial de classe especial, conhecida como golden share, com direito a veto nas deliberações sobre: alteração de denominação e sede da companhia; alteração nos limites ao exercício do direito de voto atribuído a acionistas ou grupo de acionistas. Além disso, o texto determina que, independentemente da quantidade de ações, todos os acionistas terão poder de voto limitado a um teto. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O que mais diz o projeto de lei O PL, de autoria de Romeu Zema, foi aprovado na forma do substitutivo proposto pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária durante a tramitação em 2º turno. Na votação desta quarta-feira, 53 deputados foram favoráveis à proposta e 19 votaram contra. O texto prevê que, após a privatização, a Copasa garanta o atendimento a metas de universalização de água e esgoto nos municípios onde atua e a melhoria da qualidade da água tratada. A proposta assegura a manutenção do contrato de trabalho dos empregados do quadro permanente da Copasa por 18 meses. Após esse período, o estado pode lotar os servidores em outras empresas públicas estaduais, mas não há garantia. O substitutivo afirma também que os recursos provenientes da desestatização podem ser usados para amortização da dívida do estado com a União e cumprimento de obrigações relacionadas ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag). O texto autoriza, ainda, que parte do dinheiro seja depositada em um fundo estadual de saneamento básico. Entenda A privatização da Copasa é uma das bandeiras de Romeu Zema e sempre esteve nos planos do governador. Para facilitar o processo, ele enviou à ALMG, em 2023, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que retira a exigência de consulta popular sobre a venda da empresa. Antes, a Constituição de Minas Gerais determinava que a população deveria ser ouvida, por meio de referendo, para a aprovação da desestatização. No entanto, com a aprovação da PEC, no início de novembro, essa obrigatoriedade não existe mais. O governador diz que a privatização é necessária para a modernização da empresa, a atração de investimentos e o pagamento da dívida do estado com a União, estimada em cerca de R$ 180 bilhões. A oposição argumenta que a desestatização deve gerar aumento de tarifa, precarização do serviço e demissões. Além disso, defende que o estado consegue pagar a dívida sem precisar abrir mão da Copasa. A empresa cuida do abastecimento de água em 637 municípios mineiros e, em 308 deles, também fornece serviços de esgoto – os números incluem municípios atendidos pela Copanor, subsidiária responsável pelos serviços de saneamento nas regiões Norte e Nordeste de MG.

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/12/18/privatizacao-da-copasa-entenda-os-proximos-passos-apos-aprovacao-pela-almg.ghtml


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