Servidora da Polícia Civil é denunciada na Justiça por desviar 200 armas e dinheiro de delegacia em BH

  • 05/12/2025
(Foto: Reprodução)
Câmeras de segurança mostram Vanessa circulando com uma bolsa na rua da delegacia, próxima ao veículo vermelho utilizado por ela (esq.); em outro momento, um homem foi visto pegando um objeto do carro dela e o colocando em um veículo branco (dir) Reprodução O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra Vanessa de Lima Figueiredo, analista da Polícia Civil, acusada de desviar armas de fogo, dinheiro e outros objetos da 1ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro, em Belo Horizonte. Vanessa foi denunciada pelo crime de peculato, que é quando um servidor público se apropria de dinheiro, bens ou valores que estão sob sua guarda em razão do cargo. A denúncia foi encaminhada à Justiça e, se for aceita, a servidora responderá a processo criminal. A pena pode ser de 2 a 12 anos de reclusão, além de multa. Segundo a denúncia, os fatos ocorreram entre 20 e 29 de outubro de 2025, período em que a servidora era responsável pelo setor de protocolo e pela sala destinada à guarda dos materiais apreendidos. De acordo com o inquérito, um inventário realizado em 29 de outubro revelou o desaparecimento de aproximadamente 200 armas de fogo, além de valores em dinheiro e outros objetos. Um dos invólucros, que deveria conter R$ 1.908, foi encontrado violado e vazio. Outros pacotes também estavam abertos, inclusive em um armário trancado e desconhecido pelos demais servidores, descoberto em 13 de novembro. As investigações apontam que Vanessa era a única detentora da chave da sala de acautelamento e que, em muitos casos, era a última responsável pelo registro dos materiais no sistema eletrônico da Polícia Civil. O caso foi descoberto nos primeiros dias, após a polícia flagrar um suspeito com armamento que deveria estar apreendido na instituição. Polícia Civil indicia servidora pública por desvio de armas de uma delegacia Movimentações e padrão de vida incompatível Imagens de câmeras de segurança registraram a servidora entrando e saindo da delegacia com sacolas e bolsas grandes nos dias 20, 22, 24 e 29 de outubro, em horários coincidentes com movimentações suspeitas de veículos, incluindo um Nissan Kicks, de uso da investigada, e um Citroën DS3 branco, conduzido por pessoa não identificada. As imagens de câmeras de segurança registradas pela Corregedoria mostram um homem mexendo no carro utilizado por Vanessa na rua da delegacia, no dia 29 de outubro. (veja as fotos no início da reportagem) Ele acessa o porta-malas do carro usado por ela, retira uma bolsa e coloca em um veículo branco. A investigação não confirma o conteúdo da bolsa nem se esse homem tem relação direta com o possível crime. O Ministério Público também destacou indícios de padrão de vida incompatível com a renda da servidora, como viagens internacionais, aquisição de bens de alto valor e cirurgias plásticas nos últimos anos. Carteira de Identidade Funcional da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais. Reprodução O que diz a defesa No processo, a defesa de Vanessa pediu a revogação da prisão preventiva, alegando ausência dos requisitos legais e fragilidade das provas. Segundo os autos, o indiciamento se baseia apenas em declarações de policiais que também tinham responsabilidade sobre os bens desaparecidos, o que, para a defesa, compromete a imparcialidade da investigação. O advogado argumenta que Vanessa é primária, possui residência fixa e vínculo estável, e que o inquérito já foi concluído, não havendo risco à instrução processual. Vídeos mais assistidos do g1 MG

FONTE: https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2025/12/05/servidora-da-policia-civil-e-denunciada-na-justica-por-desviar-200-armas-e-dinheiro-de-delegacia-em-bh.ghtml


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